quarta-feira, 13 de setembro de 2017

IDEOLOGIA DO GÊNERO

No meu entendimento, Deus criou o homem e a mulher. O macho e a fêmea de cada espécie.
São os únicos dois gêneros possíveis. Entendo que um homem/mulher, por razões que só Deus sabe, tenha um organismo que o faz se sentir atraído por outros homens/mulheres. Que eles podem amar e terem um amor mais edificante que muitos casais heteros.
Entendo que por alguma razão, alguém possa se sentir atraído de alguma forma pelos dois gêneros. Mas uma hora terá que fazer uma escolha, quando amar uma pessoa (seja de que gênero for) de maneira especial.
Até aí, tudo bem. O que não entendo, é quererem ensinar à uma criança, que ele pode escolher o que quer ser.
Para mim, isso não é uma questão de escolha. Você nasce do jeito que nasce. O que devia ser ensinado é o respeito ao outro. Porque, no meu entender, gênero não se escolhe.
A escola não é lugar para esse tipo de educação. Os pais estão tão envolvidos com alcançar o seu próprio sucesso, que delegaram à escola e governo a educação moral de nossas crianças. Vejam bem: crianças são crianças. Não têm capacidade para assimilar esse tipo de  informação. Vão acabar deturpando tudo. Crescerem adultos deturpados e tornando a sociedade deturpada e por consequência, um mundo deturpado. Acho que já estamos vivendo isso.
Lembro que meu pai dizia que não deveriam existir classes mistas, porque o foco do estudo seria desviado.
Sim. Estamos na escola para ESTUDAR. Não para paquerar, arranjar um (a) namorado (a). Eu achava isso uma tremenda idiotice. Na época, ainda estudava em classe separada. Minha sala era F. Havia as salas M. Depois vieram as salas mistas. E adivinhem? Menos silêncio, menos concentração, muito bate-papo, risinhos e conversinhas de casais. Tudo bem socializar. Mas, para isso existia a vida lá fora e o recreio. A escola é lugar de estudar.
O que acontece é que eles não estavam preparados para essa interação com o sexo oposto, essa explosão de hormônios. Não entendiam e seguiam apenas os instintos. Por causa dessa mistura, a escola se viu obrigada à explicar aos alunos os perigos de um envolvimento sexual, os métodos de contracepção, as doenças venérias; para mim, isso é papel dos pais.  Bom, explicações não adiantam muito. Tanto é que mesmo depois das aulas de educação sexual, a gravidez de adolescentes, e a disseminação de doenças venéreas continuou acontecendo e aumentando.
Agora, não satisfeitos com essa bagunça, querem empurrar para as crianças a responsabilidade de escolherem seus gêneros. Pelo amor de Deus! Como uma criança pode absorver uma coisa estapafúrdia dessas?
Você é homem ou é mulher. É homo ou é hetero. Crianças ainda nem sabem se são homo ou hetero. Elas só vão “descobrir” isso depois. Para crianças a outra criança é apenas isso: uma criança. Ainda mais, que isso não é uma coisa que se escolhe. Lembro de uma reportagem em que o repórter perguntava às pessoas na rua: “quando você escolheu ser hetero?” Ao que a pessoa, espantada, respondia: Eu nasci assim. Bem, os homos também. Que negócio é esse de escolher?
Mas, voltando ao cerne da questão: a escola foi decaindo em sua missão de ensinar coisas da ciência, escrever corretamente, fazer cálculos e entender a evolução histórico-social de seu país e do mundo, além de respeito à pátria e valores morais e cívicos.
Hoje os poucos jovens escrevem de maneira correta, só sabem fazer algum tipo de cálculo se houver uma calculadora por perto, não respeitam o próximo ou a pátria. Nem consigo imaginar quantos sabem o Hino Nacional ou a razão de alguns “feriados” (que nem são mais conhecidos como datas de comemoração cívicas). O que importa é o feriado. Muitos adultos foram adotando esse novo comportamento, pois é bem verdade que facilita o descarte da responsabilidade da educação que deveria vir da família. Aí chegamos ao ponto: que família? Muitos casais separados, a mãe ou o pai que cria os filhos, passa o tempo ocupado em ganhar dinheiro para sustentar os filhos. Chega cansado e deve dar graças por não ter que se preocupar com isso. A escola é responsável.
O governo não está nem aí, desde que o cidadão pague seus impostos para que possam roubar livremente. Assim, a verba para a educação é mínima, e a qualidade dos professores decaiu muito, (vamos ser francos). Os bons já se foram e poucos dos novos que têm qualidade, não se submetem à serem tão pouco valorizados. Os que não têm outra opção dão aulas em vários colégios, muitas aulas de baixa qualidade, para poderem se sustentar.
Assim, são as consultas médicas, as consultas terapêuticas... Muitos profissionais, muita produção; baixa qualidade.
Essa ideia de que você não nasce homem ou mulher vai acabar criando mentes conturbadas, desconectadas com sua essência e, por fim, seres caóticos o que fragilizará ainda mais a sociedade atual, já tão cheia de problemas.
 A escola deveria se preocupar mais com sua missão básica de ensinar coisas acadêmicas e deixar a educação dos jovens com os pais. A responsabilidade é deles. Eles que arranjem tempo para serem pais, ou escolham não ter filhos e terem dinheiro. A sociedade agradece. O mundo agradece.
“...Quando a liberdade para sermos criativos se transforma em uma liberdade para nos criarmos a nós próprios, então é o próprio Criador que é necessariamente negado e, em última análise, o ser humano é despojado da sua dignidade enquanto criatura de Deus que tem a Sua imagem no âmago do seu ser.” (Discurso do Papa Papa Bento XVI -Dezembro de 2012)


terça-feira, 25 de abril de 2017

ZUMBIS

Eu hoje fui à dentista.
Estávamos eu, uma mulher e (creio) suas duas filhas na sala de espera.
Uma das filhas já era uma adolescente, crescida. A outra devia ter uns quatro, cinco anos. Um doce de menina. Bem articulada, simpática, com cabelos castanhos encaracolados e a curiosidade infantil e espírito de descoberta que sempre me encantam.
Subimos juntas no elevador.
A pequena andava pra lá e pra cá, pegou uma revistinha, e (sem saber ler), começou a contar a estória à partir dos desenhos que via.
“Temos que limpar sempre os dentinhos”, ela dizia e virava a folha.
“Sempre lavar as mãos antes de comer”.
Não sei que revistinha era aquela, mas devia ser alguma especial para consultórios odontológicos. Enfim... Enquanto isso, a mãe a filha adolescente, não paravam de teclar seus celulares.
Aí, a pequena, acho que cansada de “supor” os diálogos da revistinha, pediu para a mãe: “ me conta uma estória?” estendendo a revistinha.
A mãe nem olhou e afastou-a com a mão: “Agora não. Mamãe está ocupada.”
Me cortou o coração. De verdade. Não sou de mimar crianças. Na verdade, não sou uma adulta das mais agradáveis para os pequeninos. Sou de uma outra época. Porém, meu avô me contava estórias, minha mãe me contava estórias enquanto passava roupa, e (sinceramente), com o que alguém poderia estar ocupada na sala de espera de um dentista?
A menina olhou para mim, e se encolheu na cadeira. Pensei até em perguntar: “Você quer que a vovó leia a estória para você?” Mas ela se encostou na mãe com vergonha e... bom, já disse que não sou de mimar crianças...
Enfim. Entrei no consultório da dentista (ela é ótima, uma graça de pessoa) e acabávamos a consulta conversando sobre filmes. Ela me recomendou a série Walking Dead (minha filha acha o máximo); mas eu não gosto. Comecei a ver e desisti. Então perguntei se ela já havia assistido ao filme “Meu namorado é um zumbi”.
Sinceramente, acho que esse filme é injustiçado quanto à mensagem que transmite.
1º. O “zumbi” (olhando os outros zumbis, que não se importam com o que se passa à sua volta), se recorda de quando as pessoas eram vivas e andavam pelo saguão do aeroporto. Aí aparece uma imagem da “época”, em que as pessoas andavam sem olhar nada além do celular. Sentadas lado a lado sem conversarem, andando sem perceberem o que se passava, focadas em seus aparelhinhos.
2º. Quando ele e alguns outros “zumbis” começam à interagir e se importar, imediatamente começam a “sentir” e o coração começa a bater. Eles são o que estão em estágios reversíveis. Existem os que não têm salvação.
GENTE! EU ACHEI ESSE FILME O MÁXIMO!
Sou uma pessoa que ama a tecnologia, a informação rápida e  à possibilidade dessa informação ser acessível à todos com a maior facilidade, mas... esse negócio de celular...  odeio.
Pessoas que estão no mesmo ambiente, na mesma casa (às vezes), se comunicando por um aparelho? Não consigo engolir isso. Eu ficava muito ofendida quando uma amiga (à quem eu prezava muito), vinha me visitar, e atendia o celular. Ficava a maior parte do tempo, do meu lado, na minha casa, falando com uma outra pessoa. Quando saio para comer com alguém e essa pessoa atende celular na mesa do restaurante, ou vai conferir o e-mail. Isso é a maior falta de atenção e carinho. Na minha casa, deixo claro, que o tempo ali é para os presentes (salvo raras exceções). Se não querem estar ali, comigo ou com as outras pessoas, tudo bem... mas não finjam estar.

Finalmente, recomendo que vejam o filme, tido como besteirol “Meu namorado é um zumbi”. Tentem vê-lo com outros olhos. A mensagem é importante. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PORQUE TUDO QUE DÁ ERRADO É CULPA DA MÃE?

Estava eu num salão, (coisa que não é minha atividade favorita), ouvindo o cabeleireiro comentar sobre como ele era magro e atlético. Que começou a comer sem controle e engordar quando a mãe morreu, tamanha tristeza , etc.... Dias depois conversando com uma colega de trabalho, cruzamos com uma terceira, sobre a qual comentei como tinha engordado. Surpresa!!! Ela começou a engordar depois que a mãe morreu...
Fiquei pensando na culpabilidade imputada às mães sobre tudo que nos acontece, (geralmente não coisas boas).
Ele virou marginal? A mãe o abandonou... A mãe não abandou? Foi condescendente. É gay? A mãe o mimou. É violento? A mãe não deu carinho... Tem problemas de relacionamento? Começou com a mãe...
Caramba! A mãe é culpada de tudo?!
Vejo meus filhos... Se quero saber o que está acontecendo na vida deles sou controladora. Se não pergunto, esperando que eles me contem, sou desinteressada e desnaturada.
Fico sonhando com o "SINDICATO DAS MÃES", um quadro da antiga TV PIRATA, em que mães invadiam consultórios de psicanalistas, de arma em punho, dizendo: "...ouvimos dizer que estão falando mal das mães por aqui". Era super engraçado. Talvez devesse existir um sindicato para defender as mães...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

NOTÍCIAS DE MEUS FILHOS?

Sei que não sou perfeita, (quem é?), mas com certeza, sempre tentei acertar.
Embora algumas vezes, meu coração me impelisse a agir de determinada forma, eu ia corajosamente contra ele para poder agir como os padrões ditos "corretos" me determinavam.
Fui criada numa casa de costumes tradicionalistas. Pai provedor, mãe educadora. Pai ausente, mãe carente. Sou filha mais velha, e tinha que dar exemplo para os mais novos, tinha que ser o consolo da minha mãe e obter a aprovação do meu pai.
Achando que fiz o melhor possível, esperava que meus filhos fizessem o mesmo... Ledo engano...
Meus filhos são da geração "a obrigação é de vocês, eu não pedi para nascer", visto que o controle da natalidade era uma realidade na época, quem não quisesse ter filhos, que não tivesse.
Vim de uma geração em que filhos eram uma bênção, nela, a "obrigação era nossa" e apreciávamos e agradecíamos por tudo que nossos pais faziam por nós. Afinal, se éramos bênçãos, devíamos nos comportar como tal.
Gente, tudo isso é muito difícil.
Meus filhos são bênçãos. Eu não os pedi, nem os evitei. Aceitei e me alegrei com eles. Mas, Deus, com é difícil conviver com tantas cobranças. Eu sou como uma eterna escrava sem direito a minha vida, exceto se eles não estiverem presentes... Aí sinto falta deles. Mas quando estão presentes, não é por minha companhia. Hoje, se quiser ter notícias deles, tenho que entrar no Facebook.
Estranhos sabem mais sobre o que estão passando ou sentindo, do que eu. Parece que os entendem mais do que eu.
Se eu quiser uma conversa sobre um assunto que lhes diga respeito, sentem-se invadidos e controlados, mas não se importam se outros sabem das intimidades deles.
Se querem minha opinião, ressentem-se se não for a que queriam ouvir. Se precisam de ajuda, tenho que ter a solução. Como se nesse caso, eu soubesse tudo da vida.
Claro que entendo que os comentários alheios não os afetam tanto quanto os meus, mas, também com certeza os outros não se importam tanto com o comportamento (e as consequências deles), como eu me importo... não perdem o sono com suas tristezas ou sofrimentos...
Porque é tão difícil um relacionamento familiar real? Porque é mais fácil um relacionamento virtual com estranhos?... Porque tenho que entrar em uma rede para poder saber sobre suas vidas?